Corpos dissidentes. Corpos como armas bélicas. Fabulações marginais de prazeres da carne. Um novo imaginário do corpo, do sexo e das práticas pornográficas. Eis o cineclube pós-pornô.
Despina / Julho / 2017
Curadoria: Andiara Ramos, Nathalia Gonçales
Debate-bafo: Andiara Ramos Pereira, Nathalia Gonçales, Kleper Reis e Bibi Campos Leal.
Programação
Reivindico meu direito a ser um monstro
Susy Shock
Poema lido no Festival pela Despatologização das Identidades Trans na cidade argentina de La Plata, 2011.
Indecencia Transgenica
Hija de Perra & Perdida
Atenção! Se o sexo fora da ordem “natural” te ofende, se você é da opus dei, se você é homofóbico ou se sua moral não te permite, abstenha-se de ver este vídeo.
Conjuro Sapatâniko
Marina Murta e Nina Rodrigues
Em uma noite de lua nova, duas sapatonas se unem para praticar conjuros contra o cistema normativo heterocapitalista. A força orgástica sapatão combatendo a dominação das terras e dos corpos dissidentes da heterossexualidade compulsória, incitando a rebeldia e resistência sapatanicas y agrofanchas.
Latifúndio
Érica Sarmet
Área demarcada, regulada e vigiada do Estado, o corpo é a nossa primeira propriedade privada. Vasto, amplo, oferece múltiplas possibilidades de criação e construção, mas acaba reduzido a práticas sexuais e corporais monocultoras. E se nós invadíssemos o corpo? Para a reforma agrária sexual você precisará de carvão, ovos e tinta vermelha.
Extética
nishmi
sobre adequar-se a padrões
sobre normalizar nossos corpos
(tamanha doutrina)
angústias estéticas há muito guardadas.
sobre liberdade.
Tarta nupicial
Lu Muzzin, Fernanda Guaglianone, Ph lau gam
Vídeo-registro de ação realizada na cidade argentina de La Plata, 2012. Um percurso por lugares historicamente utilizados como cenários para legitimar o ritual do casamento normativo.
‹ X-MɅNɅS ›
Clarissa Ribeiro
Recife, 2054. No submundo os dissidentes sexuais, bichas bandidas, travestis, sapatonas boladas e todos os corpos marginalizados bolam um plano para destruir a cisheteronorma.
Lemebel
Joanna Reposi
O itinerário traçado pelo ativista, artista e escritor chileno Pedro Lemebel indica um caminho marcado pela dor, uma incursão pelas feridas de um passado que ainda insiste em fazer turno.
Coletivo Coiote e Anarcofunk na Cinelândia
Korpos enquanto armas bélicas. Matéria envolvente entre espaço-tempo. Desprogramadxs do desejo de consumo hetero-capital- cri$tão. Desejantes de um devir selvagem. Korpos em festa.
Andiara Ramos Pereira (Dee Dee) é membro da Coletiva Feminista Maria Bonita RJ, responsável pela organização da I Mostra Pós Pornô (R)Existentes e outros eventos de pós-pornografia na cidade do Rio de Janeiro. Compõe os grupos de pesquisa Práticas estético-políticas na arte contemporânea/UFF e Trauma, subjetividade e políticas de reconhecimento/UniRio. Possui pesquisa voltada para as intersecções entre Arte, Gênero e Política.
Nathalia Gonçales compõe o CineQueer e NuSex – Núcleo de Estudos em Corpos, Gêneros e Sexualidades. Atualmente é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisa temáticas relacionadas a ficções sexuais, arte, performance e políticas do corpo.